sábado, maio 13, 2006

 

A fita roxa

Um certo professor tinha o hábito de dar, no fim dos
estudos, uma fita roxa na qual se podia ler "A pessoa que
sou faz toda a diferença" impressas com letras douradas.

Nessa altura, dizia a cada estudante porque razão o
apreciava e porque razão as aulas eram diferentes graças
a ele.

Um dia, teve a ideia de estudar este processo sobre a
comunidade, e enviou os seus estudantes entregar fitas
a todos aqueles que conheciam e que "faziam toda a
diferença".

Deu-lhes 3 fitas pedindo-lhes o seguinte:

"Entreguem uma fita roxa à pessoa que escolherem
dizendo-lhe porque razão ela faz toda a diferença para
vocês, e dêem-lhe duas outras fitas para que ela própria
entregue também a alguém e assim sucessivamente. Depois,
façam-me um relatório dos resultados."

Um dos estudantes saiu e foi entregar a fita ao patrão
(porque trabalhava a meio tempo) um fulano bastante
rabugento, mas que, no fundo, apreciava.

"Admiro-o muito por tudo aquilo que faz, para mim é um
verdadeiro génio criativo e um homem justo. Permite que
lhe prenda esta fita roxa no casaco como testemunho da
minha gratidão?"

O patrão ficou surpreendido, mas respondeu: "Pois bem,
pois bem, claro, com certeza..."

O rapaz continuou "E aceitaria ficar com as 2 outras
fitas roxas para as dar a alguém que, para si, faz toda a
diferença, tal como acabei de fazer? É para um inquérito
que estamos a realizar na universidade."

"Está bem."

E, à noite, o nosso homem voltou para casa com a fita
presa no casaco. Cumprimentou o filho de 14 anos, e
contou-lhe o sucedido:
"Hoje, aconteceu-me uma coisa espantosa. Um dos meus
empregados deu-me uma fita roxa na qual está escrito, como
podes ver: "A pessoa que sou faz toda a diferença". Deu-me
uma outra fita para entregar a alguém que conte muito
para mim.

Hoje o dia foi difícil, mas no regresso pensei que havia
uma pessoa, uma só, à qual tinha mesmo vontade de a dar.

Estás a ver, ralho muitas vezes contigo porque não
trabalhas o suficiente, porque só pensas em sair com os
amigos, porque o teu quarto é uma perfeita desordem... mas
hoje quero dizer-te que tu és muito importante para mim.
Tu fazes, juntamente com a tua mãe, toda a diferença na
minha vida e gostaria que aceitasses esta fita roxa como
testemunho do meu amor. Não to digo muitas vezes, mas és
um miúdo formidável!"

Mal acabou de falar, o rapaz começou a chorar, a chorar,
com o corpo todo a tremer de soluços.

O pai agarrou-o nos braços e disse-lhe: "Bom, bom...
disse alguma coisa que te magoou?"

"Não pai... mas... snif... tinha decidido suicidar-me
amanhã. Tinha tudo organizado porque tinha a certeza de que
não me amavas apesar dos meus esforços para te agradar.
Agora, tudo mudou."

Thérèse e Vérane
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