segunda-feira, dezembro 11, 2006

 

O idiota

Conta-se que numa pequena localidade do interior, um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia.
Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas.
Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas - uma grande de 50 cêntimos e outra menor, de 1 euro.
Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos.
- "Eu sei" - respondeu o homem que não era tão tolo assim - "ela vale metade do valor, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda."

Podem tirar-se várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda : se você for demasiado ganancioso, acaba por estragar suapossível fonte de rendimentos.


 

Portugal vale a pena

Nicolau Santos, Director – adjunto do Jornal Expresso

In Revista Exportar

Portugal vale a pena

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém- nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores. Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos paratelemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filmeque quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas deMultibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não épossível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produçãode energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveramsistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para aNASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau deexigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas . Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produçãode rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duasprovas vários dos melhores vinhos espanhóis. E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência EspacialEuropeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial depagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive –Portugal. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos etrabalhadores portugueses. Chamam -se, por ordem, Efacec, Fepsa,Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services.
E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos gruposPestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.
E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País,mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (quedesenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saberquantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos.
É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamentesempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, ecom problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou oprogresso. Do que se atrasou em relação à média europeia. Está naaltura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos – e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia deuma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, porsua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo osnossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo- nos também nasituação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o quede bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?

Nicolau Santos, Director – adjunto do Jornal Expresso

In Revista Exportar


 

Colegas de trabalho...

Gramamos a família porque a hereditariedade nos impõe, gramamos o marido (ou a mulher) porque o escolhemos de livre vontade, mas gramamos os colegas de trabalho porque nos calham na rifa e temos de levar com eles em cima, a bem ou a mal, na melhor das hipóteses, oito horas por dia. Ou seja: a família, quando muito, aos domingos e feriados; o marido e os filhos, duas, três horas por dia, no máximo (metade das quais a ver televisão ou a partilhar tarefas domésticas); e os outros, para os quais não fomos ouvidos nem achados, dispõem de mais tempo e de mais espaço do que toda a nossa vida somada. É com eles que rimos, choramos, que nos irritamos, que amuamos, que lixamos ou somos lixados, que vamos à bica e às compras, é a eles que avaliamos, que ajudamos, são eles os nossos carrascos e cúmplices, os nossos amigos ou, pior, os nossos principais inimigos. É no trabalho, acho eu, que revelamos as nossas grandes capacidades e virtudes, mas também, e como há tempo para tudo, o pior que o ser humano tem: a inveja, o rancor, a gula (roubo todas as caixas de chocolates onde os meus olhos vão parar), avaidade, a intriga, o orgulho, a luxúria (enfim, todos sabem como e porquê.
"Ai, você hoje está linda..."
"Acha dr.?"
"Não acho, tenho a certeza, brilha como a lua..."
O ambiente de trabalho é assim, muitas vezes, uma impiedosa arena do circo romano onde se mata quem é fraco, sobrevive quem é forte. É esta a tragédia da questão. Competitividade e matança são armas letais de significado idêntico - desafie-se o poder! Mas como perder ninguém quer, ligamos a competição à ambição (a longo prazo) e à ganância (a curto prazo), tudo em circuito fechado, para que a via-sacra da matança seja forte demais e excitante demais para a conseguirmos abafar. (...) Há sempre um gajo porreiro em que nos escudamos e que, de facto, não nos quer tramar às primeiras; um gajo que tem dias e que ora amanteiga para a direita, ora a manteiga para a esquerda - é o gajo que quando a coisa corre bem foi ele próprio que a fez (é "muita bom"), quando corre mal, fomos nós, pobres inexperientes e ele até se fartou de nos avisar, infelizmente não acreditámos no seu teatro. Adoro a tribo dos manteigueiros frenéticos: aqueles que só saem depois do chefe nem que fiquem a jogar paciências no computador, que nos desfazem em strogonof pelas costas, que controlam as nossas entradas e saídas de cena, bichanam com os seus superiores e ajustam contas com as secretárias e o pessoal, a quem com tanta alma chamam "menor", baralhando sem pudor, humilhação com humildade. Prefiro o folclore dos que gritam como ovelha a ser degolada mas que depois se redimem ao acrescentarem uns parágrafos triunfais na "porra" do dossiê. Nós os portugueses adoramos reunir. Podemos não fazer a ponta de um corno,mas reunir tem de ser. Basta reunir e já está! Não é nunca o ponto departida, é sempre o ponto de chegada. E antes de reunir gostam de planear a estratégia para tramar o parceiro. Pode não haver estratégia para mais nada, mas para tramar o colega do lado aqui vai disto. Agressividade quanto baste é a metodologia (odeio esta palavra) para chegar ao poder. Todos conhecem a cartilha, a cru ou disfarçada de fada boa. Em suma, os portugueses acham que para serem melhores têm de arranjar alguém para mau da fita, é a teoria dos vasos comunicantes em todo o seu esplendor. É com "vasos" destes - que à partida não são nem amigos, nem filhos, nem marido, nem sequer os escolhemos num menu - que temos departilhar o cheiro, a voz, e o génio; das ramelas, à barba por fazer; das malhas na meia ao rímel esborratado, todas as horas, todos os dias, todos os anos. É tudo uma questão de "ambiente" no trabalho...


Publicado no Expresso



 

Texto escrito por um brasileiro que vive na Europa.

"Já vai para 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca". Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projecto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a ideia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.
Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui.
E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.
Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários.
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.
A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era Setembro, frio, nevava. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei: "Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final." Ele me respondeu simples assim: "É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?" (cooperação e não competição) Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos.
Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália ( o site, é muito interessante. Veja-o! ). O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. A ideia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou.
A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição europeia.
A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".
Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses.
E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.
Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).
Portanto, essa "atitude sem pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade.
Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress".
Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anónimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé.
Significa um ambiente de trabalho menos coercivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso...
Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura?
Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?
No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde:
"Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos." "Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.
Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.
Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse: John Lennon, "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"...
Parabéns por ter lido até o final!
Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado.
Pense e reflicta, até que ponto vale a pena deixar de desfrutar sua família. De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim-de-semana ou outras coisas... Poderá ser tarde demais!
Saber aprender para sobreviver...

segunda-feira, outubro 16, 2006

 

Evolução...ou não...

Uma tarde um neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos actuais.
Então de repente, o neto perguntou:
-Quantos anos tem, avô?
E o avô respondeu:
-Bem, deixa-me pensar um momento...
Nasci antes da televisão, e já crescidinho apareceu, com um único canal e a preto e branco.
Nasci antes das vacinas contra a poliomielite, das comidas congeladas, da fotocopiadora, das lentes de contacto e da pílula anticoncepcional.
Não existiam os radares, os cartões de crédito, o raio laser nem os patins on-line.
Não se tinha inventado o ar condicionado, as máquinas de lavar esecar, (as roupas secavam ao vento) e frigoríficos quase ninguém tinha.
O homem nem tinha chegado à lua.
A tua avó e eu casámos e só depois vivemos juntos e em cada família havia um pai e uma mãe.
"Gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca tínhamos ouvido falar e os rapazes não usavam piercings.
Nasci antes das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo.
Não havia computador, Comunicávamos através de cartas, postais etelegramas.
Mails, chats e Messenger, não existiam.
Computadores portáteis ou Internet nem em sonhos...
Estudávamos só por livros e consultávamos enciclopédias e dicionários.
As pessoas não eram medicadas, a menos que os médicos pedissem um exame de sangue.
Chamava-se a cada polícia e a cada homem "senhor" e a cada mulher "senhora".
Nos meus tempos a virgindade não produzia cancro.
As nossas vidas eram governadas pelos 10 mandamentos e bom juízo.
Ensinaram-nos a diferençar o bem do mal e a ser responsáveis pelos nossos actos. Acreditávamos que "comida rápida" era o que comíamos quando estávamos com pressa.
Ter um bom relacionamento, queria dizer dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava as férias juntos.
Ninguém conhecia telefones sem fios e muito menos os telemóveis.
Nunca tínhamos ouvido falar de música estereofónica, rádios FM, Fitas, cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever eléctricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livro de anotações.
"Ficar" dizia-se quando pessoas ficavam juntas como bons amigos.
Aos relógios dava-se corda todos os dias, mesmo aos de pulso.
Não existia nada digital, nem os relógios nem os indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando de máquinas, não existiam as cafeteiras eléctricas, ferros de passar eléctricos, os fornos microondas nem os rádios-relógios despertadores.
Para não falar dos vídeos ou VHF, ou das máquinas defilmar minúsculas de hoje...
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas.
Eram a branco e preto e a sua revelação demorava mais de três dias.
As de cores não existiam e quando apareceram, a sua revelação era muito cara e demorada.
Se nos artigos lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Não se falava de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se compravam coisas por 50 e 100 centavos.
Os sorvetes, os bilhetes de autocarros e os refrigerantes, que se chamavam pirolitos, tudo custava 50 centavos.
Cem escudos dizia-se: "cem mil reis".
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho...

Agora diz-me, quantos anos achas que tenho?
-Meu Deus, Avô! Mais de 200! - disse o neto.
-Não, querido. Tenho 70...


 

Negativismo - o veneno que mata todo o sonho...

"O negativismo é a âncora que pode amarrar permanentemente a vida de alguém."
William Robinson

Se alguém colocasse veneno na sua água, sabendo disso você beberia?
Certamente que não. Certos elementos químicos que você consegue ver, provar, tocar e sentir o cheiro lhe podem ser fatais.
Felizmente você é bastante inteligente para saber que não pode introduzir essas substâncias no seu corpo.

Mas o que dizer da sua mente? Repetidamente as pessoas a estão envenenando com o negativismo. E ainda que não o possam ver (o negativismo) ele também é fatal.
Mas o que é esse veneno?
Negativismo é o veneno que mata os mais preciosos sonhos de uma pessoa.
Ele tem início com pensamentos negativos, que devem ser contidos a todo custo, posto que contaminam, além de promover sérias devastações na vida de milhões de pessoas. Para fazer frente a esse veneno fatal é necessário que você monitorize os pensamentos que permite que entrem na sua mente... – mas cada pensamento!

Se você se descobre pensando negativamente, pense novamente.
Parte do processo de mudar seu pensamento do negativo para o positivo consiste em ser grato a Deus pelas preciosas dádivas que lhe tem proporcionado.

Lembre-se de que a simples presença da gratidão irá atrair a você muito mais coisas que aquelas que você realmente deseja.

Para Meditação:
...tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.
Filipenses 4:8

sábado, agosto 26, 2006

 

Faça sua parte no Mundo...

Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele pegava o ônibus das 6h15 e viajava cinqüenta minutos até o trabalho...

...À tardinha fazia a mesma coisa, voltando para a casa. No ponto seguinte ao que homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela. Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.

Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa. Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:
- Bom dia, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora esta jogando pela janela?
-Bom dia, respondeu a velhinha.
- Jogo sementes...
-Sementes?... Sementes de quê?
- De flor.
É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia. E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho... Imagine como seria bom.

- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos... A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?

- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.

- Mesmo assim, demoram em crescer, precisam de água...

- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer.

Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu "trabalho". O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio "caduca".

O tempo passou. Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto... Olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas...


A paisagem estava colorida, perfumada, linda.
O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e... Nada!

Acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo...

- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia, no mês passado...
O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela, e sentiu uma lágrima correr pelo rosto, e um sorriso desabrochar em sua face... "Quem diria, as flores brotaram mesmo..."

"Mas, pensando bem, de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu, e não pode ver esta beleza toda que ela fora responsável...".

Nesse instante, o homem escutou atrás de si, uma gostosa risada de criança...
Num banco logo atrás, uma garotinha apontava pela janela entusiasmada...
- Olha mamãe, que lindo, quanta flor pela estrada... Como se chamam aquelas azuis?... E as branquinhas?

Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito...

Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e, com um sorriso maroto nos lábios, tirou um pacotinho do bolso...

PENSE GLOBALMENTE, ACTUE LOCALMENTE COMPORTAMENTOS INDIVIDUAIS PODEM ALCANÇAR TRANSFORMAÇÕES GLOBAIS

sexta-feira, agosto 25, 2006

 

Coisas para aprender com os pais


COISAS QUE APRENDI COM VOCÊ


Esta é uma mensagem que todos os pais deveriam ler, porque seus filhos estão olhando você e memorizando o que você faz, não o que você diz.

"Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você pegar o primeiro desenho que fiz e prendê-lo na geladeira, e, imediatamente, eu tive vontade de fazer outro para você.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando comida a um gato de rua, e eu aprendi que é legal tratar bem os animais.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer meu bolo favorito para mim e eu aprendi que as coisas pequenas podem ser as mais especiais na nossa vida.
Quando você pensava que eu não estava olhando, ouvi você fazendo uma oração, e eu aprendi que existe um Deus com quem eu posso sempre falar e em Quem eu posso sempre confiar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazendo comida e levando para uma amiga que estava doente, e eu aprendi que todos nós temos que ajudar e tomar conta uns dos outros.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando seu tempo e seu dinheiro para ajudar as pessoas mais necessitadas e eu aprendi que aqueles que têm alguma coisa devem ajudar quem nada tem.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu senti você me dando um beijo de boa noite e me senti amado e seguro.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você tomando conta da nossa casa e de todos nós, e eu aprendi que nós temos que cuidar com carinho daquilo que temos e das pessoas que gostamos.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi como você cumpria com todas as suas responsabilidades, mesmo quando não estava se sentindo bem, e eu aprendi que tinha que ser responsável quando eu crescesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando eu vi lágrimas nos seus olhos, e eu aprendi que, às vezes, acontecem coisas que nos machucam, mas que não tem nenhum problema a gente chorar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi que você estava preocupada e eu quis fazer o melhor de mim para ser o que quisesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando foi quando eu aprendi a maior parte das lições de vida que eu precisava para ser uma pessoa boa e produtiva quando eu crescesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu olhava para você e queria te dizer: Obrigado por todas as coisas que eu vi e aprendi quando você pensava que eu não estava olhando!"

(Desconheço o autor)

quinta-feira, agosto 24, 2006

 

Quanto ganha o pai à hora??

Com uma voz tímida e com os olhos admirados, o pequeno rapaz pergunta ao seu pai que chegou do trabalho:

"Papa, quanto ganhas tu à hora?"

Muito surpreso, o pai atira um olhar ao seu filho e responde:

"Ouve, filhinho, mesmo a tua mãe não sabe. Deixa-me um pouco tranquilo. Tive um dia esgotante, estou cansado."

"Anda, Papa, diz-me. Quanto ganhas tu numa hora de trabalho?"

Finalmente, o pai responde duramente:

"30 Euros à hora, os nossos amigos de Quebeque diriam 40 dólares."

"Papa, podes emprestar-me 15 Euros?" pergunta a criança.

Mostrando a sua fadiga e o seu nervoso, o pai zanga-se:

"Era por isso que querias saber quanto ganho à hora?
Para te emprestar dinheiro! Anda, vai dormir e pára de me enervar!"

À noite, o pai repensou no que tinha dito ao seu filho.
Se calhar ele queria comprar qualquer coisa de importante para ele, ou dar um presente à mãe? Para estar em paz com a sua consciência, ele vai ao quarto do seu filho ver se ele já dorme.

"Tu já dormes, filhinho?"

"Não papa, porquê?"

"Tens aqui o dinheiro que me pediste" diz o pai.

"Obrigado, oh obrigado papá!" O rapaz põe a sua mão debaixo da almofada e tira 15 Euros.

"Agora, tenho o dinheiro suficiente! Agora tenho 30 Euros!!!"

O pai olha para o filho, admirado, e não compreende a sua alegria.

"Papá, podes vender-me uma hora do teu tempo?"


Thérèse e Vérane
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"É quando nos falta o tempo que deveríamos parar para relaxar."
Sydney Harris

"O tempo é o dinheiro da vida. É o nosso único bem e nós sozinhos podemos decidir o seu uso. Não deixe que os outros o gastem por si."
Carl Sandburg

quarta-feira, agosto 23, 2006

 

Para pensar...

Quando a gente pensa que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas...
"Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na Lápide ao lado.
Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, e geralmente na mesma hora quando o seu vem cheirar as flores!!!

"RESPEITAR AS OPÇÕES DO OUTRO, EM QUALQUER ASPECTO, É UMA DAS MAIORES VIRTUDES QUE UM SER HUMANO PODE TER."

"AS PESSOAS SÃO DIFERENTES, AGEM DIFERENTE E PENSAM DIFERENTE".

"NUNCA JULGUE. APENAS COMPREENDA!!"

terça-feira, agosto 22, 2006

 

"Eu adormeço na direcção da minha plenitude"

Sentir-se um só com o seu corpo, consigo próprio, com a sua alma, é um bem-estar maravilhoso que raramente conhecemos se não desejarmos
tender para esse estado.

Esta fórmula irá ajudá-lo a conhecer esse estado cada vez mais frequentemente, e a aceder durante o seu sono a estados de consciência
que iluminarão a sua vida.


http://www.clube-positivo.com

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